Reconhecimento preserva um dos marcos da história hamburguense

A Casa do Imperador, localizada dentro do Parque Floresta Imperial e administrada pela Comusa – Serviços de Água e Esgoto de Novo Hamburgo, foi oficialmente reconhecida como patrimônio histórico do município. O ato simbólico de entrega do documento que confirma o tombamento ocorreu nesta quarta-feira, 8, durante a cerimônia de apresentação da Camerata Hamburgo, na Fundação Ernesto Frederico Scheffel, data em que também se comemora o Dia Municipal do Patrimônio Histórico e Cultural.

O documento foi assinado e entregue pelo secretário de Cultura de Novo Hamburgo, Ângelo Reinheimer, ao diretor-geral da Comusa, Paulo Roberto Kopschina, que representou a autarquia na solenidade. “Com o tombamento da Casa do Imperador, estamos preservando a história e garantindo que esse patrimônio seja restaurado como foi concebido em sua origem, para que os hamburguenses possam continuar valorizando o legado de quem ajudou a construir nossa cidade”, destaca Kopschina.

Localizada no Parque Floresta Imperial, a casa tem forte valor histórico e cultural para Novo Hamburgo. “Estamos falando de um prédio belíssimo, que já abrigou a biblioteca infantil, o museu do calçado e tantos outros usos importantes ao longo da sua história. Hoje, ela precisa de um restauro, e esse tombamento é um passo fundamental para garantir que as futuras gerações também tenham acesso a esse patrimônio. Sinto-me muito grato por estar à frente da Secretaria de Cultura neste momento tão significativo”, comemora Reinheimer.

Em sua história, o imóvel serviu de residência para Johann Philipp Steingleder e sua esposa Barbara Kramer, imigrantes alemães que se estabeleceram na região. Posteriormente, foi herdada por Jacob Kroeff, genro do casal.

Já o nome do parque está diretamente ligado a um episódio histórico: na década de 1860, em uma de suas visitas ao Rio Grande do Sul, o Imperador Dom Pedro II passou por Novo Hamburgo, e sua cavalaria acampou na região. A partir de então, o local ficou conhecido como Mata do Imperador, origem do atual nome Floresta Imperial.

Após passar por uma reforma, o parque foi inaugurado em 1979. Desde 2019, a área está sob a administração da Comusa, que realiza ações de manutenção e preservação ambiental. Atualmente, a Casa do Imperador encontra-se em estado precário e deverá passar por obras de restauração.

O tombamento representa um importante passo para assegurar a proteção do patrimônio cultural hamburguense, reforçando o compromisso do município e da Comusa com a preservação da história e da identidade local.