Diretor-geral da Comusa faz balanço de dois anos de gestão

Márcio Lüders analisa os investimentos e desafios à frente da autarquia

“Foram dois anos de muito trabalho na organização estrutural da autarquia, investimentos em saneamento e melhoria no abastecimento, enfrentando as maiores crises que a Comusa já enfrentou em sua história, garantindo o abastecimento à população”, destaca o diretor-geral da Comusa - Serviços de Água e Esgoto de novo Hamburgo, Márcio Lüders, que, nesta sexta (17), completa dois anos na liderança da autarquia. Lüders fez um balanço das conquistas e desafios, bem como os principais investimentos feitos ao longo deste período. 

Como destaque o diretor-geral aponta a continuidade no programa de substituição de redes, que já ultrapassa os 45% de toda a rede municipal, com mais de 400 quilômetros de tubulações em PEAD. “Esse é um trabalho de longo prazo que não pode parar. Temos que tirar todas as redes antigas de ferro e fibrocimento e trocar por esse novo material. Isso significa menos rompimentos, melhora o abastecimento e a pressão nas residências e evita transtornos no trânsito, pois as tubulações agora estão sob as calçadas”, relata. “Nesse momento estamos finalizando a obra de 6,3 quilômetros de novas redes no Santo Afonso. As pessoas vão notar a diferença imediatamente na região onde essas instalações foram feitas.’

Ele destaca também a instalação de uma nova adutora no bairro Kephas e o início das obras da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Compacta da Vila Palmeira, como avanços na melhoria do abastecimento e do saneamento em regiões específicas do Município. “A nova adutora no Kephas beneficiou muito a região norte de Novo Hamburgo. Optamos por uma obra de maior dimensão e ela se mostrou acertada. Já a ETE da Vila Palmeira, assinada no ano passado, vai beneficiar 3,5 mil pessoas com tratamento de esgoto, melhorando a saúde e qualidade de vida delas”, aponta.

Para o futuro próximo, a ampliação da Estação de Tratamento de Água (ETA), que teve as obras retomadas no último ano, e a ETE Roselândia são o foco da atual gestão. “Com a ampliação da ETA, vamos aumentar a captação em 25%, passando a 950 litros por segundo. Significa mais água tratada para garantir o abastecimento. E com a ETE, teremos um salto de 5% no saneamento do Município”, destaca, lembrando que a ETE do Arroio Luiz Rau também é uma meta da gestão. “Essa estação sim fará toda a diferença em Novo Hamburgo. Estamos nos detalhes finais do projeto e, quando ela estiver pronta, teremos um salto de 50% no tratamento de esgoto. Será um marco para a cidade.”


Pacto Global e sustentabilidade

Em 2019, a Comusa se tornou a primeira autarquia pública do Sul do Brasil a integrar o Pacto Global da ONU, uma iniciativa que estabelece princípios para garantir um trabalho focado na sustentabilidade, seja ela ambiental ou econômica. Entre as medidas tomadas após a adesão do Pacto, a autarquia encerrou a produção de copos de plástico. “Vimos o impacto ambiental que isso poderia causar e encerramos a produção. Também voltamos trabalhar na divulgação do projeto Guarde a Chuva de educação ambiental e ele foi um dos nossos destaques em 2019”, comenta. 

O projeto, coordenado pelo setor socioambiental da Comusa, que distribui cisternas caseiras para as escolas municipais, atingiu quase 70 educandários no ano passado, foi levado a Gramado e Porto Alegre, além de ser finalista no Prêmio Nacional Cases de Saneamento da ONU. “É uma iniciativa que qualquer um pode fazer em sua casa e evitar o desperdício de água tratada”, comenta. O projeto também entrou para o WaterHub 3.0, da ONU, um banco de dados mundial sobre ações sustentáveis.

Lüders também lembra que, no ano passado, a Comusa teve o menor indíce de perda de água da história da autarquia: 36,3%, uma queda de 15% desde 1998, ficando abaixo da média nacional.


Maior estiagem da história da Comusa

Entre os desafios enfrentados pela autarquia, o diretor-geral afirma que a atual estiagem e nível do Rio dos Sinos é a maior crise hídrica da história da Comusa. Mas, mesmo após quatro meses sem chuvas, não há risco de racionamento e desabastecimento no Município. “Nosso sistema de captação permite que consigamos manter a cidade abastecida sem interrupções mais longas. Nem todos na região tiveram a mesma sorte nesse verão. Felizmente, conseguimos passar pelo período mais crítico sem necessidade de racionamento”, comenta. “O desafio agora é garantir a coloração adequada da água, por isso, iniciamos um novo tratamento que vai, a longo prazo, nos ajudar em situações críticas como essa. Mas, como falamos desde outubro do ano passado, temos que pensar na reservação da água do Sinos o quanto antes.”

 

Notí­cia em 17/04/2020

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