Tratamento de esgoto com uso de plantas macrófitas pode se estender a mais municípios

O uso de plantas macrófitas no tratamento de esgoto pode ser feito não só pela Comusa – Serviços de Água e Esgoto de Novo Hamburgo, mas se espalhar por outros municípios. Em evento organizado pela Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) na tarde de quarta-feira, 4 de setembro, diversas entidades ligadas à área, representando outras cidades do Estado, e também órgãos de fiscalização, conferiram a apresentação da tecnologia espanhola que se utiliza de plantas para o tratamento de resíduos domésticos. A própria Corsan já pretende instalar um protótipo do sistema em Canela nos próximos dias. Novo Hamburgo mantém, atualmente, um projeto piloto na Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Mundo Novo.

A atividade ocorreu no Hotel Plaza São Rafael, em Porto Alegre, onde, entre outras apresentações, o diretor-geral da Comusa, Mozar Dietrich, exibiu o projeto que é desenvolvido em Novo Hamburgo e que visa tratar, pelo menos, 80% do esgoto da cidade com uso das macrófitas. “É muito importante que mais cidades se interessem por essa iniciativa. Com o apoio da Corsan, mais companhias poderão aderir ao processo e, dessa forma, fortalecer o projeto em todo o Estado”, afirmou. Em Novo Hamburgo, a medida tem a participação da Universidade Feevale.

Para o diretor-presidente da Corsan, Tarcísio Zimmermann, apesar do processo ser novo, não deve ser desprezado. “Temos a comprovação de que ele funciona, com base nos testes realizados pela Comusa e também pelas visitas feitas nas estações em funcionamento na Espanha. Com esse sistema, teríamos um processo de tratamento de esgoto sustentável e economicamente viável”, salientou.

No evento, o diretor-técnico da Macrofitas SA, Diego Rey Quintana, trouxe aos presentes o funcionamento da tecnologia. As plantas ficam flutuando sobre lagoas, com tamanho dimensionado de acordo com a demanda de cada cidade, e fazem o tratamento dos resíduos despejados nestas lagoas sem o uso de produtos químicos e sem a geração de lodo, além de exigir muito pouco de energia elétrica. Em Novo Hamburgo, a maior ETE com este sistema será instalada no bairro Santo Afonso, comportando o esgoto das bacias dos arroios Luiz Rau e Pampa, que correspondem a 80% dos resíduos gerados no Município.

Espanhóis participaram de outras atividades

Além de Diego Rey Quintana, o diretor-geral da Macrofitas SA, Pablo Riesco Prieto também está no Brasil participando de outras atividades. Entre elas, os espanhóis conheceram as áreas onde será instalada a ETE Luiz Rau/Pampa, no bairro Santo Afonso, e os projetos desenvolvidos pelos engenheiros da Comusa. Com a Corsan também no intuito de aplicar a tecnologia, Quintana e Prieto participaram de encontros com a companhia estadual.

Fotos: Ronan Dannenberg

Prieto e Quintana (da direita para à esquerda) se reuniram com técnicos da Comusa

Tarcísio Zimmermann defende o uso da tecnologia e ficou satisfeito com o interesse de tantas companhias

Quintana apresentou a tecnologia a representantes de diversas entidades durante evento em Porto Alegre

Mozar Dietrich passou informações sobre o projeto já em andamento em Novo Hamburgo
 

Notí­cia em 05/09/2013

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