Defesa da biotecnologia para tratamento de esgoto ganha força em seminário

A Comusa – Serviços de Água e Esgoto de Novo Hamburgo e a Universidade Feevale promoveram nos dias 28 e 29 de novembro, sexta-feira e sábado, o Seminário Internacional: Tecnologias para Tratamento de Efluentes. O evento reuniu diversos especialistas do Brasil e do exterior para um debate sobre o uso de diferentes modelos para serem aplicados no esgoto. E a conclusão foi quase unânime. Por ser mais barata e com grande eficiência, a biotecnologia, principalmente com plantas, deve ser difundida e maior abordada dentro do cenário nacional.
 
O seminário foi realizado no auditório do Prédio Azul da Feevale. Nos dois dias, foram apresentados diversos modelos de tratamento de esgoto a estudantes, professores e profissionais da área do saneamento. Entre os projetos colocados, o com uso de plantas macrófitas, que será adotado pela Comusa na Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Luiz Rau/Pampa. Outros modelos, como a aplicação de bambu, também foram apresentados. “Precisamos ampliar os biofiltros com vegetação. São recursos naturais, que estão de acordo com a natureza e se tornam muito mais eficazes”, enfatizou o presidente do Instituto Internacional de Ecologia (IIE), o professor José Galizia Tundisi.
 
Em diversos exemplos colocados pelos palestrantes, o uso de plantas no processo de tratamento de esgoto demonstrou eficácia mesmo sem a utilização de sistemas completos. É o caso da ETE Mundo Novo, da Comusa, que tem plantas macrófitas, mas apenas flutuando sobre um dos tanques. “Mesmo sem todo o sistema que vamos implementar futuramente, os resultados já são muito bons”, ressaltou o diretor-geral da autarquia, Mozar Dietrich. A autarquia construirá um protótipo com uso das plantas em breve.
 
Especialistas defendem difusão de novos modelos
 
O consultor e responsável técnico da Del Giudice Assessoria Técnica Ltda (DELGITEC), Fernando Rodrigues, salientou que o uso da biotecnologia ainda não é difundida pela falta de aplicabilidade. “A predominância de projetos com máquinas é muito grande. Isso faz com que outros modelos não tenham o mesmo espaço de divulgação. Plantas e outros projetos biotecnológicos precisam ser mais usados, para que mais gestores vejam que funciona”, declarou.
 
O coordenador de tecnologias da água na Fundação Centro das Novas Tecnologias da Água (CENTA), da Espanha, Juan José Sallas, não só defendeu o uso destes modelos, como que as pessoas procurem conhecê-los. “De crianças a adultos, é importante saberem as tecnologias utilizadas. Muitas vezes, a comunidade não sabe nem pelo que está pagando, sendo que o esgoto é produzido pelas pessoas”, ponderou.
 
O seminário também contou com palestras do ex-prefeito de Novo Hamburgo e ex-presidente da Companhia Riograndanse de Saneamento, Tarcísio Zimmermann, do diretor de exploração e técnico responsável na província de Cuenca (Espanha), Fernando Garcia, da professora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Andrea Moura Bernardes, e do fundador e administrador da Arcadia Engenharia de Água, Ar e Solo (Espanha), Diego Rey Quintana. Ainda estiveram presentes o secretário de Meio Ambiente, Eduardo Bonato, e o pró-reitor de Pesquisa e Inovação da Feevale, João Alcione Sganderla, entre outras autoridades e lideranças.
 
Fotos: Ronan Dannenberg
Sallas quer mais pessoas conhecendo os projetos que estão em desenvolvimento
Professor Tundisi defendeu ampliação do uso da biotecnologia
Projetos em execução em Novo Hamburgo foram apresentados por Dietrich
Rodrigues deseja mais modelos em aplicação para que a biotecnologia seja difundida
 

Notí­cia em 01/12/2014

Clique para iniciar o atendimento
ADMINISTRAÇÃO - SEDE
AV. CORONEL TRAVASSOS, 287
BAIRRO RONDÔNIA
CEP: 93415-000
LOJA ATENDIMENTO CENTRO
R. JOAQUIM NABUCO, 1074
BAIRRO CENTRO
CEP: 93310-002
RIO GRANDE DO SUL